Crônicas de Hellia
Como eu não aguentei esperar, aqui está a segunda parte do primeiro capítulo de Crônicas de Hellia. Aproveitem!
Crônicas de Hellia
Capítulo 1: Um dia qualquer (parte 2)
Enquanto
tentávamos entender o que estava acontecendo, Wintana sugeriu que
montássemos acampamento. Clérebus usou uma runa de brasa para
acender uma fogueira pequena enquanto os gêmeos ficaram de guarda.
—Temos
que entender o que aconteceu aqui. —disse Wintana – precisamos de
mais informações – completou.
—Concordo!
- respondi acenando com a cabeça. - Mas é melhor deixarmos para
amanhã, de dia teremos melhor visibilidade. - expliquei.
—Vamos
homem, acenda logo essa fogueira estou morrendo de frio - Ordenou
Alard para Clérebus.
—Você
terá de esperar como todos aqui – respondeu ele – Não estamos
mais na era da magia, onde era só dizer umas palavras. A magia está
fraca, não podemos exigir demais dela. Além do mais, usar algo além
de uma tanga e botas ajudaria bastante a contem o calor no seu corpo!
- explicou ele enquanto uma fagulha incendiava a madeira seca de uma
árvore morta.
— Sim,
mago, isso é verdade. Mas você já sentiu o calor do corpo de uma
mulher? - perguntou Nuck na tentativa de provocar o mago
—Eeeehhh…
sim claro que já! - respondeu Clérebus um pouco envergonhado.
Enquanto
eles discutiam, os mortos se agitavam. Até aquele momento eles
grunhiam baixo, mas agora era alto, como se algo lhes chamasse a
atenção.
Apontei
a luneta para a horda, um integrante da companhia 4A havia
conseguido fugir do prédio de extração de óleo.
—Acho
que alguém conseguiu sair vivo lá de dentro! - alertei
—Que?
- Wintana indagou impressionada, arrancando a luneta das minhas mãos
e olhando na direção do prédio.
—O
que faremos? - perguntou Clérebus.
—Ele
pode saber o que aconteceu.! — disse Nuck em um lampejo de
inteligência.
Wintana
saiu correndo com a espada e o escudo nas mãos, montou no
cavalo-vapor e galopou em direção ao caos de morte e podridão. Não
podíamos fazer nada além de segui-la. Montei no cavalo e fui a
galope atrás dela.
—Pela
luz de Zartoth, o Deus da justiça !!!- Gritou Wintana destruindo as
cabeças dos mortos-vivos com as patas de metal de sua montaria.
Sua
espada brilhou na escuridão como uma tocha, chamando a atenção de
todos os olhares pútridos. Nucka e Alard trouxeram o mago e o
deixaram ao lado do integrante da companhia 4A que estava caído ao
chão um pouco machucado. Imediatamente o mago sacou uma runa de
proteção e outra de cura para se proteger e poder cuidar dos
ferimentos enquanto eu e os outros lutávamos contra a horda de
corpos podres que nos atacava.
Deixei
o fronte para Nuck e Alard que adoraram minha atitude e desceram do
cavalo para poder lutarem livremente. Nuck batia seu martelo de
guerra no chão fazendo os mortos quase voarem enquanto Alard usava o
seu machado de duas mãos para cotar-lhes a cabeça.
Entre
eu e eles estava Wintana que chamava a atenção dos mortos para nós
e os pisoteava usando o cavalo, os que conseguiam passar por eles
eram fatiados pelas minhas lâminas gêmeas.
—Ele
já pode andar pelo menos? - pressionei Clérebus
—Sim,
já podemos ir. - respondeu
Montamos
nos cavalos e, antes de seguirmos de volta, Clérebus lançou uma
bola de fogo na direção oposta para distrair os mortos.
Ao
chegarmos no acampamento, o integrante da companhia 4A havia
desmaiado. Clérebus, usou a runa de cura para restaurar o vigor do
pobre coitado.
—Ele
despertou! - alertou Alard
-- Olá
irmão da guilda. - Disse Wintana com o sorriso mais belo que tinha
no rosto.
Ele
encarou a paladina como se procurasse algo até encontrar a runa em
sua armadura que a identifica como membro da sexta companhia beta, a
6b. O pobre coitado mal conseguia falar, mas tentou esboçar um leve
sorriso educado e cordial.
—Sua
companhia ainda está lá ou estão todos mortos? - perguntei
—Oligard!!
- disse Wintana tentando me repreender.
—“Precisamos
saber o que está acontecendo!” não foi você que disse isso? -
questionei.
—Sim,
mas poderia ser mais sutil. - sussurrou ela
—Ele
tem razão. - disse o homem cabisbaixo – Eles morreram, só
consegui escapar porque o mago do grupo tinha uma runa de
multiplicação que usei para distrair esses monstros.
—Isso
foi muito inteligente! - elogiou Clérebus um pouco sem jeito.
—Como
podemos chamá-lo, arqueiro? - Perguntei
—Me
chamo Ériond. - respondeu – Mas como sabe que sou arqueiro
—Armadura
leve feita de couro para agilidade, uma cota de malha e,
principalmente, ágil para fugir entre uma horda de mortos-vivos só
podia ser um arqueiro ou ladino. Porém, ladinos não teriam a
ingenuidade de achar que conseguiriam essa façanha.
Todos
me encararam, mas Ériond estava em choque. Olhando para o nada como
se fosse uma bela paisagem até Alard quebrar o silêncio e
perguntar:
—Então,
o que aconteceu aqui?
—Quando
nós chegamos já haviam mortos ao redor e outros estavam a caminho.
Nosso líder decidiu aproveitar que haviam poucos mortos e abrir
passagem por eles pareceu uma boa ideia. Conseguimos passar com
facilidade já que o mago era bem habilidoso. Quando entramos só
haviam uma monja, uma clériga de Fhanir, e um ladino que estava
ferido ao chão. Disseram que ao chegar aqui o trem estava parado,
mas carregado e todos os trabalhadores do poço haviam morrido. Ao
tentarmos ressuscitar um dos trabalhadores para interrogá-lo ele nos
atacou e logo todos os trabalhadores ressuscitaram atacando o grupo.
Enquanto lutávamos alguém, aqui fora, gritou palavras numa língua
antiga e os mortos ficaram mais fortes. Minhas flechas tinham acabado
e decidi correr para uma das salas quando tropecei na bolsa do mago
que já estava morto ao chão, peguei-a e corri para a sala onde me
tranquei e esperei que tudo acabasse.
—Você
não tentou ajudar seus amigos? - perguntou Wintana desapontada.
—Eu
não sabia o que fazer, a bolsa do mago só tinha runas e sei pouco
sobre magia. — respondeu desesperado — Não podia fazer nada!!
—Quando
tudo se acalmou pulei a janela e usei a única runa que sabia para
fugir, foi quando vocês me salvaram. - disse Ériond abraçando
Wintana que o empurrou dizendo:
—Não
abraço covardes que abandonam os amigos!!
Ériond
voltou a se sentar e abraçou as pernas. Nuck e Alard dormiram na
metade do relato. Todos estávamos cansados da viagem e da batalha.
-
Vá dormir. - disse Wintana – Eu fico com o primeiro turno da vigília.
-
Vou sim, amanhã temos de liberar o poço e voltar com o trem para
Northus. - disse, me deitando usando a mochila como travesseiro.
Fim
do capítulo 1
Enquanto tentávamos entender o que estava acontecendo, Wintana sugeriu que montássemos acampamento. Clérebus usou uma runa de brasa para acender uma fogueira pequena enquanto os gêmeos ficaram de guarda.
Sua espada brilhou na escuridão como uma tocha, chamando a atenção de todos os olhares pútridos. Nucka e Alard trouxeram o mago e o deixaram ao lado do integrante da companhia 4A que estava caído ao chão um pouco machucado. Imediatamente o mago sacou uma runa de proteção e outra de cura para se proteger e poder cuidar dos ferimentos enquanto eu e os outros lutávamos contra a horda de corpos podres que nos atacava.
—Ele despertou! - alertou Alard
Ele encarou a paladina como se procurasse algo até encontrar a runa em sua armadura que a identifica como membro da sexta companhia beta, a 6b. O pobre coitado mal conseguia falar, mas tentou esboçar um leve sorriso educado e cordial.
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